terça-feira, 18 de novembro de 2008

A Política

Nem todos os que ostentam o Poder o fazem de uma maneira legítima, posto que muitos regimes sejam mais totalitários que democráticos. No geral, a política é imperfeita porque está condicionada por uma busca do poder temporal e pelo desejo de defender interesses pessoais ou corporativos e isso acontece em todos os níveis.
A forma mais alta de política é o humanismo espiritualista porque faz do homem o centro das preocupações e põe o poder temporal a serviço dos mais nobres ideais. É fácil comprovar que as aquisições mais positivas que tiveram lugar no curso da história, foram realizadas por pessoas que tinham um profundo respeito pela dignidade humana.
No apogeu das grandes civilizações do passado, na Grécia Antiga, por exemplo, quem ocupava os cargos públicos eram também grandes filósofos. Sólon, governador de Atenas, histórico como legislador e como fundador da democracia, considerado um dos sete sábios gregos, é autor da máxima de que “é preciso usar a justa medida em todas as coisas”. Pitágoras, reconhecido por sua sabedoria, foi um grande legislador do seu tempo e propôs os fundamentos de um idealismo político baseado no perfeito equilíbrio entre a noção de direito e de dever.
Isto significa que a política deveria ser uma extensão da filosofia, uma aplicação do “amor à sabedoria”, ao bem comum. Evidentemente, estamos bem longe deste estado, mas devemos ter confiança no porvir da humanidade.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

A Verdade

A Verdade é inalterável em seu princípio filosófico desde o começo do mundo. Na prática, muitos conceitos formados, pelas interpretações do ser humano no passado, passaram a ter nova conotação depois das descobertas da ciência.
O filósofo grego Aristóteles no século IV a.C. já defendia a teoria do geocentrismo, confirmada pelo astrônomo Ptolomeu no século II d.C., afirmando que a Terra ocupava o centro do universo. Esta tese foi aceita durante muitos séculos, apesar de que o grego Aristarco de Samos já no século III a.C. propunha a teoria do heliocentrismo, dizendo que era o Sol que ocupava o centro do universo e não a Terra. Todavia esta tese do heliocentrismo só foi sustentada, bem mais tarde, pelo astrônomo polonês Nicolau Copérnico no século XV e pelo astrônomo italiano Galileu Galilei no século XVI. Enquanto que, no século XVII, a lei do Kepler dizia que os planetas em órbita ao redor do Sol, giravam em forma de elipse e não em circunferência.
Para a Verdade não se aplica o ditado “Cada cabeça uma sentença”, porque ela não pode ser fragmentada. A Verdade é uma só, eterna e imutável, o que muda são as interpretações de cada ser humano. Só pode ter acesso à Verdade Única quem transcende as limitações da mente, vence o próprio ego e estiver liberto da ilusão da matéria.