domingo, 27 de maio de 2012

“Do não ser para o ser”

De acordo com o filósofo Plotino, “o homem evolui da ignorância para o conhecimento, do não ser para o ser”. Mas essa evolução, iniciada nos confins do espaço, só pode acontecer em etapas graduais. Assim, ele começa sendo um ser de crença por numerosas encarnações. Progressivamente ele se abre à inteligência e torna-se um ente de saber. Prosseguindo seu caminho interior, ele ascende a um estado superior e se identifica como um ser de conhecimento. Finalmente, no final de suas sucessivas encarnações, na fase final de sua experiência terrestre, ele surge como um ser de sabedoria. Mas o que é o homem de crença? Aquele que se encontra nesse nível compreensão não é o autor de suas idéias, pois ele é uma alma jovem na senda da evolução. Ele se limita a pensar como lhe ensinaram a pensar, não tendo consciência dessa limitação. Sua existência é fundamentada nos princípios e dogmas que lhe foram inculcados desde sua mais tenra infância. Sem jamais questionar esses ensinamentos, ele os utiliza para argumentar suas opiniões e para convencer aqueles que não compartilham com elas. Assim, aquilo em que ele crê constitui, não só sua verdade, mas também a que ele gostaria de impor aos outros. No plano espiritual é um ignorante, pois sua concepção de Deus costuma ser primitiva e seus cultos são muitas vezes pautados na superstição. O homem de saber é superior ao homem de crença, no sentido de fazer esforço para compreender por si mesmo o que ele ainda ignora. É verdade que continua a sofrer a influência das crenças, mas já sente necessidade de comprovar por si mesmo a sua veracidade e não hesita em questioná-las caso sinta alguma dúvida. Ele compreendeu que existe outra verdade além daquela em que acreditava. É a busca dessa outra verdade que o impele a aprender mais sobre ele próprio e sobre os mistérios que o rodeiam, podendo finalmente nascer para o conhecimento. Mas o que vem a ser o homem de conhecimento? É aquele que estuda os mistérios inacessíveis ao não-iniciado e está convencido da existência de Deus. O que ele quer conhecer, não são as coisas deste mundo, por serem transitórias e acessórias em relação ao que é eterno e essencial. Ele ama conhecer as leis que governam o reino espiritual e tudo que concorre para a evolução da alma humana. Tendo sido iniciado por seu próprio mestre interior, ele mede a pobreza de suas antigas crenças, compreendendo então que, o que ele conhecia sobre a grande obra, nada era em comparação com o que ainda ignora. Contudo, esse sentimento de ignorância não oprime sua alma, que se rejubila por ter sido finalmente inspirada pelo desejo de tornar-se sábia. Em verdade, bem pouco numerosos são os homens de sabedoria, pois a sabedoria é a maestria do conhecimento. Ser sábio é aplicar o que se conhece, conhecer perfeitamente o que se sabe, e saber que aquilo que se crê está em conformidade com a única verdade. Somente os Mestres reúnem todas essas condições e possuem a sabedoria dos sábios.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Egrégora

É uma palavra de origem grega “egregoros” que significa vigilante. Não se trata de algo concreto, personalizado e individual, mas sim de um registro de eventos com o qual a mente pode entrar em sintonia. Cada religião, grupo, fraternidade, escola e mesmo uma torcida de futebol tem sua egrégora, que é formada pela reunião ou somatória das personalidades a ela associadas. A egrégora, quando formada por uma força originária do pensamento, pode ser fonte tanto direcionada para o bem como para o mal, podendo ser protetora ou destruidora, o que depende da intenção pela qual é motivada. Uma egrégora pode se dissolver quando deixa de existir o núcleo que motivou a sua formação. Podemos acessar uma egrégora como um escudo protetor, sempre que se fizer necessário ou quando se queira buscar inspiração. Em nossos momentos de meditação somos convidados a nos harmonizar com o poder da egrégora, a fim de fortalecê-la e também para nos beneficiarmos com seu influxo espiritual, que pode ser visualizada em forma de pirâmide de luz, irradiando uma aura cada vez mais intensa. Para termos acesso a uma egrégora é necessário que nosso padrão vibratório esteja com ela sintonizado, conquistando assim o direito de usufruir de seu benefício.