quarta-feira, 29 de agosto de 2018

O que é Tirania?

Platão, o fervoroso discípulo de Sócrates, já insistia na importância fundamental da instrução moral e do valor do bom exemplo. Em um de seus discursos, ele concluiu nos seguintes termos: “Quando os governantes abusam de seu poder; quando os pais se habituam a deixar os filhos sem disciplina; quando os filhos não prestam atenção a suas palavras; quando os mestres tremem diante de seus alunos e preferem bajulá-los; quando, finalmente, os jovens desprezam as leis e a moral porque não reconhecem acima deles a autoridade de nenhuma coisa ou pessoa, então surge ali em toda a beleza e em toda juventude, o nascimento da tirania”.
É indispensável que aqueles que detêm o poder, em qualquer nível, sejam exemplos de moralidade para os povos que governam. E em matéria de moral, a educação tem um papel essencial. Na realidade, é fácil compreender que a humanidade de amanhã será a imagem do que as crianças de hoje farão. Por conseqüência, é óbvio que se não as educarmos no respeito às coisas, seres e valores éticos mais nobres, no sentido místico do termo educar, elas perderão de vista o próprio propósito de sua existência.

Ética ou Moral?

Ética está relacionada à reflexão sobre o sistema moral. Moral são códigos normativos de conduta pertencentes a sistemas de crença, ao passo que ética são códigos de conduta relacionados a princípios mais universais, relacionados à nossa consciência ou à consciência coletiva da sociedade.
Moral deriva primariamente de costumes religiosos ou tribais, enquanto ética deriva das tentativas das sociedades de viverem pacificamente entre si, mesmo havendo diferenças pronunciadas em assuntos relativos aos códigos de conduta moral. A moral existe por causa dos costumes e hábitos, podendo haver pouco pensamento crítico aplicado ao fato de um código moral ser ou não justo e igualitário para todos os membros da sociedade ou se apenas para parte dela.
Códigos morais existem frequentemente apenas pela razão que "sempre foi assim". Ética, por outro lado, embora ainda seguindo de perto códigos morais, pode diferir bem acentuadamente deles, em particular onde diferentes visões religiosas e morais tem de viver lado a lado entre si, como é o caso de alguns países do Oriente Médio.
A ética é sustentada primariamente para permitir que sociedades diferentes coexistam, onde códigos morais de conduta estão tão afastados que não seria possível a sua coexistência. A ética pode, em tais condições, estabelecer ao menos uma similaridade de um justo relacionamento entre membros de sociedades diferentes.
A ética, portanto, é baseada na necessidade de se encontrar um terreno comum entre os códigos morais divergentes e de substituir todos os códigos morais pela necessidade urgente de proteger e preservar a dignidade humana. A ética usualmente corre em paralelo com os elementos comuns dos preceitos morais ou se alça como um farol de justiça e equidade. Onde o conceito de justiça natural ou universal falta num código moral, a ética pode falar mais alto do que tais códigos de conduta; e frequentemente o faz.
Fazer a "coisa certa" às vezes é muito mais fácil de se dizer do que fazer, pois as emoções trabalham tanto a favor quanto contra a ética que tentamos defender, assim como fazem com nossos códigos morais. Finalmente, todos se tornam vítimas daqueles que tiram proveito da ignorância dos demais e aquela "pequena voz interior" acaba sendo silenciada. Talvez possamos aplicar este conceito aos aproveitadores do passado que sempre subjugaram o povo em geral, assim como, o que está muito atual em nosso país, aos corruptos que estão sendo investigados e, finalmente, sendo punidos!

domingo, 26 de agosto de 2018

A complexidade da evolução

A organização Rosacruz procura fazer com que seus membros se abstenham de aceitar qualquer coisa com base na fé ou adotar qualquer princípio antes que sua veracidade tenha sido demonstrado.
O ensinamento que mais chamou minha atenção no grau dedicado ao estudo da matéria, foi que “espírito é a energia que exerce a força de atração,  adesão, coesão e repulsão que dá forma e vida a matéria mediante a constante vibração dos átomos que a compõe”.
Reconhecer que o espírito de cada átomo interage em tudo o que há no universo é entender que através dessa inesgotável energia somos parte inseparável do todo e que nada do que haja no cosmos pode ser considerado sobrenatural, mas apenas aquilo que ainda não foi objetivamente demonstrado.
Depois que o homem dominou o fogo, o desejo de decifrar e interagir com a natureza jamais o abandonou. Impossível apresentar aqui o relato cronológico das descobertas que se sucederam, mas uma das mais admiráveis foi a demonstração de algo que o filósofo grego Demócrito já sabia 2 mil anos antes de Lavoisier comprovar cientificamente: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.
Mesmo havendo muita controvérsia, a tese da reencarnação é apoiada por diversas correntes que sustentam com fortíssimos argumentos essa esperança de outra vida.
É muito provável que no estágio atual de desenvolvimento a humanidade não consiga provar ou negar cientificamente a reencarnação como é concebida atualmente. Mas não importa quantos milênios demore, é certo que o fará.

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Aura versus Pensamentos

Nosso corpo físico é circundado por um forte campo magnético ao qual chamamos "Aura". Poderosos eletromagnetos são usados em hospitais especializados para testar e afetar essa aura e assim afetar as partes do corpo que a originam. Proezas de cura quase milagrosas foram relatadas nesses mesmos testes.
Nossos pensamentos produzem efeitos definidos na aura, alterando sua cor, tornando-se mais forte ou mais fraca, impulsionando ou retardando sua energia, etc. Além disso, nossa aura indica nosso estado de espírito, nossa saúde e nossa atitude para com a vida em geral.
Embora ela só seja visível para aqueles que desenvolveram essa capacidade, é possível sentir a aura de outros na forma como afetam as emoções de maneiras bem gerais. Para que sejamos receptivos aos pensamentos de outrem é preciso que estejamos num estado de espírito receptivo.
O poder do pensamento pode construir e criar uma vida feliz e saudável, assim como pode nos criar uma vida infeliz e mórbida. Escolhemos a que queremos através dos pensamentos que nutrimos.
Quando a mente está livre de picuinhas e de pensamentos de autopiedade, há espaço para pensamentos construtivos e benéficos de amor, harmonia, bondade e paz.
É preciso portanto deixar algum espaço para que a Luz possa entrar. Através dos pensamentos é preciso atrair para a vida aquela inspiração cósmica e poder que tornarão possível o estabelecimento de mais compreensão, tolerância e harmonia em todo o universo e no interior de cada um de nós.
Somos o que pensamos!

O que é um avatar?

De origem hindu, provavelmente do sânscrito, se refere a alguém que tenha alcançado a iluminação espiritual e volte à existência mortal para servir à humanidade. Para muitos místicos, personalidades como Zoroastro, Vishnu, Buda, Moises e Jesus eram tidos como avatares.
O verdadeiro avatar é capaz de demonstrar em sua própria vida alguns dos preceitos que postula. No mínimo, ele deve ensinar e revelar um conhecimento tal que, quando estudado e aplicado por outras pessoas, proporciona algum domínio das situações de sua vida.
Em outras palavras, o verdadeiro avatar é um Iluminado reconhecido por suas obras.

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

“Fé versus Conhecimento”

Um grande número de pessoas tem uma vida religiosa que se limita ao credo que lhes foi inculcado durante sua infância e a respeito do qual nunca realmente refletiram por si mesmas. É por isso que elas creem em dogmas que o mero bom senso bastaria para refutar.
Os dogmas só protegem os ministros das religiões que os impõem, ou seja, os donos da verdade absoluta, que não deixam seus fiéis ir em busca da verdade, querendo limitar seu livre-arbítrio.
Os dogmas são os limites impostos à ignorância de um ser de crença; e quem se encontra nesse nível compreensão não é o autor de suas idéias, pois é uma alma jovem na senda da evolução. Ele se limita a pensar como lhe ensinaram a pensar, não tendo consciência dessa limitação.
Esse estado de coisas é lamentável, pois a fé dessas pessoas, ainda que respeitável em si mesma, impede-as de se abrirem a horizontes culturais e espirituais mais amplos.
Nesse sentido, a fé religiosa difere da fé mística, tanto em sua natureza quanto em sua pratica, pois a primeira é típica das religiões e assenta precisamente na crença, ao passo que a segunda é parte integrante da Tradição e se baseia no Conhecimento.
O estudo das antigas tradições e a busca do conhecimento nos ajudam a transpor esses limites, mas é um caminho lento.