quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Obscurantismo versus Iluminismo

Um grande número de pessoas tem uma vida religiosa que se limita ao credo que lhes foi inculcado durante sua infância e a respeito do qual nunca realmente refletiram por si mesmas. É por isso que elas creem em dogmas que o mero bom senso bastaria para refutar.
Os dogmas só protegem os ministros das religiões que os impõem, ou seja, os donos da verdade absoluta, que não deixam seus fiéis ir em busca da verdade, querendo limitar seu livre-arbítrio.
Segundo Espinosa, todo estado autoritário tem origem na superstição, onde os chefes alimentam o terror das massas e onde o fanatismo político e religioso é tido como responsável pelas maiores desgraças vivenciadas pela humanidade.
René Descartes dedicou grande parte da sua obra às questões relacionadas com a moralidade. A ruptura desse filósofo francês com o pensamento eclesiástico reside no fato de que o pensamento cristão tratava da virtude como uma preparação para a vida futura, ao passo que para ele o homem racional poderia alcançar a virtude pelo seu esforço de bem agir. 
Iluminismo foi um movimento intelectual que defendia o uso da razão (luz) contra o antigo regime (trevas) da Idade Media e pregava maior liberdade econômica e política. Este movimento promoveu mudanças políticas, econômicas e sociais, baseadas nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade.

domingo, 8 de dezembro de 2019

Códigos de conduta

É difícil dizer a partir de qual momento o ser humano começou a ter senso moral e expressá-lo em forma de códigos, desde que iniciou a vida em comunidade.
Mas como a vida em sociedade se tornou cada vez mais complexa, a necessidade de serem estabelecidos códigos de conduta se fez sentir e os transmitiram de geração em geração. Com o surgimento da escrita, certos sábios começaram a reunir seus preceitos morais em forma de coletâneas.
Hoje a maioria pensa que a mais antiga é o Código de Hamurabi, conjunto de leis que foram criadas por volta de 1780 a.C. na Mesopotâmia, escrita em pedra e está exposta no Museu do Louvre, em Paris. Recebeu esse nome uma vez que está associada ao sexto rei sumério Hamurabi, fundador do I Império Babilônico.
Mas tem outra coletânea bem mais antiga que é a de Ptah-Hotep e, segundo a Tradição, esse sábio egípcio teria recebido seus preceitos de Ptah, deus de Menfis. Eles teriam sido escritos na Pedra Negra, que hoje se encontra no Museu Britânico.
É bem provável que o sábio Ptah-Hotep não tenha sido seu autor e sim o seu relator, pois alguns especialistas afirmam que o “Ensinamento de Kagemna” é anterior. Kagemna é outro sábio egípcio, também de Menfis, que viveu no reinado de Houmi, no final da Terceira Dinastia, cerca de 2.600 anos a.C. Ao passo que Ptah-Hotep teria vivido durante o reinado da Quinta Dinastia, que corresponderia a cerca de 2.400 anos a.C.
O mais importante é que, sem nenhuma conexão religiosa, o objetivo desses preceitos era de guiar seus contemporâneos no caminho do bem e fazer com que a harmonia reinasse entre eles.