quarta-feira, 29 de julho de 2015

Orfismo

Entre os Grandes Iniciados da humanidade Orfeu, filho do rei da Trácia, ficou célebre aos olhos dos gregos por seus talentos de músico. Conta-se que ele acrescentou duas cordas à Lira, instrumento cuja invenção foi atribuída a Hermes, a fim de que ela tivesse tantas cordas quanto o número de Musas, isto é, nove. Além de músico e poeta, ele cantava muito bem, a ponto de que, ao som de sua voz, as árvores se prostravam, os animais mais selvagens deitavam-se aos seus pés, as tempestades se apaziguavam e os homens esqueciam sua condição de mortais. Após sua morte, o túmulo de Orfeu tornou-se um local de culto a partir do século VIII a.C. e deu origem a uma nova religião, o Orfismo. Em seu aspecto exotérico, essa religião baseava-se não apenas na veneração a Orfeu, mas também na ideia de que o sofrimento é uma necessidade para expiarmos nossas fraquezas, ideia que foi retomada na maioria das religiões que se seguiram e continua a fazer parte de seus credos, tornando-se a base da literatura e da arte lírica. Além das práticas religiosas a que deu origem, o Orfismo foi uma escola de mistérios que agrupou os maiores sábios que a Grécia tinha na época, inclusive Platão. Os órficos sempre se vestiam com uma túnica branca e levavam uma vida contemplativa. Eram vegetarianos e desaprovavam os sacrifícios de animais, comuns na época, e davam grande importância à cura mística e consideravam um dever prestar assistência a todos os necessitados. Nos textos atribuídos a Orfeu, este frequentemente se refere a Dionísio ao falar da busca humana. Achei interessante que para o povo grego, esse semideus e filho de Apolo, era considerado como criador da vinha, inventor de todas as festas e protetor dos bêbados. Mas para os Iniciados da Grécia antiga, ele era o guardião dos mistérios e, por extensão, o que garantia a iniciação. Com relação a isso, é importante lembrar que o vinho simbolizava os mistérios maiores para os místicos da Antiguidade, enquanto o pão representava os mistérios menores.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

"D", a vitamina milagrosa!

Sem a vitamina D a vida é impossível e já se sabe que ela atua em pelo menos 2.500 funções celulares. É importante para a formação dos ossos, por exemplo, pois nosso sistema digestivo precisa de vitamina D para absorver o cálcio. Como o sol vira vitamina? Nosso corpo faz algo que parece mágica, sintetiza um elemento químico usando apenas a luz solar. Os raios ultravioleta B penetram na pele e reagem com uma substância presente nela, o 7-Dehidrocolesterol, que se transforma em vitamina D3. Esta vitamina cai na corrente sanguínea e no fígado é transformada em calcifediol. Este vai para os rins, onde é convertido em calcitriol, a forma ativa da vitamina D, quando é distribuída pelo corpo por meio do sangue. Os humanos sempre tiveram uma relação íntima com o sol e com os prédios fazendo sempre mais sombras, fica um alerta pois a poluição também bloqueia a luz solar. A quantidade recomendada por dia é de 600 UI (unidades internacionais), tendo sua fonte também em peixes, ovos e leite fortificado com vitamina D (1 litro para 300 UI). Uma colher (sopa) de óleo de fígado de bacalhau tem 900 UI, 100g de salmão tem 500 UI e uma lata de atum tem 150 UI. Fonte: Super Interessante.