segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Politica

Nem todos os que ostentam o Poder o fazem de uma maneira legítima, posto que muitos regimes sejam mais totalitários que democráticos.
No geral, a política é imperfeita porque está condicionada por uma busca do poder temporal e pelo desejo de defender interesses pessoais ou corporativos e isso acontece em todos os níveis.
A forma mais alta de política é o humanismo espiritualista porque faz do homem o centro das preocupações e põe o poder temporal a serviço dos mais nobres ideais.
É fácil comprovar que as aquisições mais positivas que tiveram lugar no curso da história, foram realizadas por pessoas que tinham um profundo respeito pela dignidade humana.
No apogeu das grandes civilizações do passado, na Grécia Antiga, por exemplo, quem ocupava os cargos públicos eram também grandes filósofos. Sólon, governador de Atenas, histórico como legislador e como fundador da democracia, considerado um dos sete sábios gregos, autor da máxima que “é preciso usar a justa medida em todas as coisas”.
Pitágoras, reconhecido por sua sabedoria, foi um grande legislador do seu tempo e propôs os fundamentos de um idealismo político baseado no perfeito equilíbrio entre a noção de direito e de dever.
Isto significa que a política deveria ser uma extensão da filosofia, uma aplicação do “amor à sabedoria”, ao bem comum.
Evidentemente, estamos bem longe deste estado, mas devemos ter confiança no porvir da humanidade.

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Virtude

A virtude é a realização máxima do espírito humano no campo da moral.
As condições básicas para bem julgar são: o conhecimento da verdade e o hábito que faz com que nos lembremos dela sempre que a ocasião requer.
O conhecimento da verdade pode ser alcançado pela vontade, única criadora de uma atividade correta da inteligência, tanto na ciência que conduz à certeza, quanto na moral que conduz aos melhores juízos possíveis.
Sendo o homem uma união da alma e do corpo, ele é dominado por idéias confusas onde a moral se apresenta como uma aplicação da virtude. A virtude está não apenas no esforço de praticar o bem sob a orientação da inteligência, mas também no esforço de bem pensar no que se refere ao bem.
A virtude não é uma prática infalível do bem, mas o esforço para realizá-lo da melhor forma possível. Em outras palavras, 'a virtude é o impulso da alma que nos induz a praticar o bem'.

Caibalion

"Os lábios da sabedoria estão fechados, exceto aos ouvidos do entendimento.”
Nos primeiros tempos existiu uma compilação de certas Doutrinas básicas do Hermetismo, transmitida de mestre a discípulo, a qual era conhecida sob o nome de “Caibalion”. A palavra “Caibalion”, na linguagem secreta significa tradição ou preceito manifestado por um ente de cima.
Esta palavra tem a mesma raiz que a palavra Cabala, vida ou entre manifestado, com o acréscimo do “íon” ou “eon” dos gnósticos. Este ensinamento é, contudo, conhecido por vários homens a quem foi transmitido dos lábios aos ouvidos, desde muitos séculos.
Estes preceitos nunca foram escritos ou impressos até chegarem ao nosso conhecimento, sendo uma coleção de máximas, preceitos e axiomas, não inteligíveis aos profanos, mas que eram prontamente entendidos pelos estudantes do hermetismo.
Do velho Egito saíram os preceitos fundamentais esotéricos e ocultos que tão fortemente tem influenciado as filosofias de todas as raças, nações e povos, por vários milhares de anos. O Egito, a terra das Pirâmides e da Esfinge, foi a pátria da Sabedoria secreta e dos Ensinamentos místicos. Todas as nações receberam dele a Doutrina secreta.
No antigo Egito viveram os grandes Adeptos e Mestres que nunca mais foram superados, e raras vezes foram igualados, nos séculos que se passaram desde o tempo do grande Hermes, que entre os Grandes Mestres do antigo Egito era conhecido como o Mestre dos Mestres, que foi o pai da Ciência Oculta, o fundador da Astrologia e o descobridor da Alquimia.

Supõe-se que Hermes viveu pelo ano 2.700 a.C., quando o Egito já estava sob o domínio dos Reis Pastores. Em todos os países antigos, o nome de Hermes Trismegisto foi reverenciado, sendo esse nome considerado como sinônimo de “Fonte de Sabedoria”.

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

As paixões da alma

As paixões da alma são uma decorrência natural da união do corpo e da alma. Grande parte dos conflitos morais enfrentados pelo homem provém desta união. Este inevitável desajuste se deve a dois fatores:
a) O primeiro é o desajuste entre a vontade e a inteligência. A vontade apresenta-se como infinita, mas muitas vezes o seu querer se vê limitado pela inteligência, que é finita e limitada nas possibilidades de compreensão. É neste desajuste entre o querer e o poder que reside o erro de conhecimento e de ação, que se configura na origem da maioria dos problemas humanos.
b) O segundo deriva da união da alma com o corpo; a alma subordina a inteligência e a vontade, mas ao se unirem às necessidades do corpo, elas inevitavelmente se apresentam como um drama de idéias confusas.
Conclui-se que as paixões são fenômenos que se passam no plano substancial da alma e do corpo. Na realidade, as paixões são sensações sentidas pelo corpo, podendo algumas ser úteis quando causam um bem-estar ao corpo, desde que encontrem na alma o consentimento para conservá-lo e aperfeiçoa-lo.
O problema está no uso abusivo das paixões, devendo ser buscado na razão uma distinção entre o bem e o mal para o corpo e para o espírito, a fim de não se deixar levar em nada pelo excesso.