quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Evoluir ou Perecer?

Através dos séculos, as religiões estabeleceram códigos morais e dogmas destinados a fazer o povo respeitar valores espirituais definidos pelos diferentes grupos de sacerdotes. Mas elas nunca tentaram iniciar seus fiéis na dimensão mística da condição humana. Em outras palavras, na sua maioria, as religiões não se interessaram realmente pelas três questões fundamentais que sempre chamaram a atenção dos sábios e com os quais o homem atual se defronta quando se interroga sobre o porquê de sua existência. De onde viemos? Quem somos? Para onde vamos? Esse desinteresse deve-se, provavelmente, ao fato de que as religiões nunca souberam responder essas perguntas ou escolheram não levá-las em conta em suas crenças.
A Bíblia, o mais antigo livro histórico, serviu e continua a servir de ponto de referência da humanidade; mas apenas o desenvolvimento científico, nos séculos dezoito e dezenove, despertou um realismo que modificou numerosas idéias religiosas e deixou entrever outras realidades dignas de interesse.
Entre os estudiosos mais marcantes da época, Lamarck e Darwin tiveram o grande mérito de colocar em dúvida o mito de Adão e Eva. Ambos demonstraram a incoerência científica desse dogma e afirmaram que o ser humano, a partir de um ancestral comum localizado entre os símios antropóides, separou-se definitivamente do animal e gradualmente evoluiu para novas formas.
A maioria dos cientistas considera que o surgimento da espécie humana não ultrapassa 500 mil anos. Atualmente, o estudo da evolução física e mental do ser humano é tão importante que os maiores especialistas interessam-se pelo assunto e lhe dedicam grande parte do seu tempo, sendo que maioria concorda que o homem atual é o produto de uma evolução milenar.
Além do fato de que os seres vivos se adaptam fisicamente ao seu meio natural, a evolução de toda criatura é acompanhada sempre de um aumento regular de sua atividade consciente e de uma aptidão cada vez maior para dominar seu ambiente. A experiência demonstra que os animais mais evoluídos memorizam a satisfação de seus desejos e essa memorização propicia o surgimento de novos instintos e a aquisição de certos hábitos, com um potencial inato para as espécies futuras. Paralelamente, o grito, que era inicialmente a expressão de um impulso vital, tornou-se uma exclamação emocional e, posteriormente, a uma linguagem articulada. Ao nível do homem, essa linguagem está ligada à evolução de sua consciência individual e à necessidade de se fazer compreender por seus semelhantes.
Um fenômeno, ainda sem explicação, está ligado ao fato de que o homem atualmente só utiliza uma parte dos neurônios de seu cérebro. Em outras palavras, os cientistas não compreendem por que ele adquiriu um potencial cerebral que não usa completamente no dia-a-dia. O excesso de neurônios inoperantes poderia estar ligado ao que chamamos de “pré-adaptação”, função preexistente para utilização eventual quando o meio ambiente o exigir.
Os Iniciados sabem que o objetivo final da humanidade é tomar consciência de sua natureza espiritual e se fundir na Perfeição Divina ao final de uma jornada muito longa no tempo e no espaço. E o acesso a esse estado certamente irá requerer o uso de faculdades mentais que ainda não desenvolvemos.
Para que isso seja possível é necessário que todos os indivíduos, independente de raça, religião e cultura, se integrem num novo conjunto que deverá levar para uma super-humanidade, na qual cada um, pelo desenvolvimento de sua personalidade, terá que dar provas de grande moralidade.
O mundo atualmente se encontra diante de duas alternativas: perecer e desaparecer ou evoluir rapidamente na direção dos ideais filosóficos adaptados às aspirações da alma humana. O homem deve tomar consciência de que é Deus e de que é nele mesmo que se encontra a chave de sua própria felicidade e o significado de sua própria existência.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Escute seu "Mestre Interior"

Mesmo que outras pessoas sintam pena de você, jamais sinta pena de você mesmo. Isto tem efeito mortal em seu bem estar espiritual. Reconheça todos os problemas, não importa quão grandes, como oportunidades de crescimento espiritual e tire o máximo proveito dessas oportunidades.
De tudo o que você ler e de todas as pessoas que encontrar, tire o que seja bom para você, aquilo que seu "mestre interior" lhe indique que seja para você, e deixe o resto para lá. Em busca de orientação e da verdade, é muito melhor olhar a fonte através de seu próprio "mestre interior" do que através de pessoas ou livros. Livros e pessoas podem apenas lhe servir de inspiração. A menos que algo desperte dentro de você mesmo, nada significativo terá sido alcançado.
Ninguém é verdadeiramente livre se continuar apegado a bens materiais, lugares ou pessoas. Nós devemos ser capazes de fazer uso das coisas e delas abrir mão sem arrependimentos, uma vez cessada sua utilidade. Devemos ser capazes de apreciar e desfrutar dos lugares por onde passamos, e, sem angústias, seguir adiante quando chamados a outro lugar. Você deve ser capaz de relacionar-se amorosamente com as pessoas, sem sentir que as possui e que poderá dirigir suas vidas. Qualquer coisa que você tentar prender, lhe prenderá; se você deseja liberdade, você deve dar liberdade.
A vida espiritual é a vida real -- tudo o mais é ilusão e decepção. Somente aqueles que têm apego tão só a Deus são verdadeiramente livres. Somente aqueles que vivem de acordo com as mais elevadas luzes, tem suas vidas em harmonia. Aqueles que agem de acordo com as mais elevadas motivações convertem-se em poder para o bem. Não importa que outros sejam visivelmente afetados. Resultados não devem ser procurados ou desejados. Saiba que qualquer coisa que você faça, qualquer boa palavra que você diga -- qualquer pensamento positivo que você nutra -- terá bons efeitos.