domingo, 29 de setembro de 2013

A Criação do Universo e o Sufismo

A Criação do Universo sob o ponto de vista do livro "A Sabedoria dos Profetas", escrito por Ibn Arabi (1165-1240), considerado um dos maiores Mestres Sufis. "Deus quis ver Sua própria essência num objeto global que, sendo dotado de existência, resume toda a ordem divina, a fim de manifestar com isto Seu mistério a Si mesmo. A visão que Deus tem de Si mesmo em Si mesmo é semelhante a de um espelho. Deus criou primeiro o mundo inteiro como uma coisa amorfa e desprovida de graça, semelhante a um espelho que ainda não foi polido. É uma regra de Atividade Divina não preparar nenhum lugar sem que este receba um Espírito Divino, o que é expresso (nas sagradas escrituras) pela insuflação do Espírito Divino em Adão (no sentido figurado). Não há então mais do que um puro receptáculo, mas este provem da Manifestação Primordial, cósmica. A realidade inteira, do seu começo ao seu fim, vem somente de Deus e é para Ele que ela retorna..." Sendo o Sufismo mais uma filosofia do que uma religião, seu ensinamento assenta essencialmente numa relação de Mestre para discípulo. Em outras palavras, ele é transmitido principalmente de forma oral, o que permite preservar seu caráter esotérico. Por outro lado, cada Mestre parte do princípio de que todo discípulo tem no âmago de si mesmo a sabedoria que busca adquirir. Em virtude disto ele não se empenha em lhe inculcar um conhecimento e sim em livrá-lo de sua ignorância, o que nos lembra o adágio tão conhecido de todos os rosacruzes: "É da ignorância e somente da ignorância que o ser humano deve ser libertado". Com este objetivo o Mestre utiliza um método emprestado dos filósofos gregos, a maiêutica, cujo método consiste em pedir ao discípulo que faça perguntas e, em responder-lhe com outras perguntas, até que ele consiga entrar em contato com seu próprio Mestre Interior e receber as respostas diretamente dele mesmo. "Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses", segundo Pitágoras.

domingo, 22 de setembro de 2013

Assim seja!

Por que os maçons terminam suas orações com a frase "Assim seja?" É costume nas orações contemporâneas as orações terminarem com "Amém", uma palavra que significa "assim seja". É uma palavra derivada do hebraico que significa "certamente". A utilização de "Assim seja" pelos maçons remonta ao poema Regius de cerca de 1390 d.C, o mais antigo documento maçônico conhecido ( pode ser encontrado no Museu Britânico, em Londres). è uma das Old Charges ou constituição gótica, utilizada pelos primeiros maçons para organizar o seu comércio. Este poema termina com este dístico: Amém! Assim seja! Assim dizemos todos para a caridade. Por isso os maçons terminam suas orações da mesma forma desde 1390. A próxima vez que estiver em loja, depois que o capelão terminar uma oração, lembre-se que você está dando continuidade a uma tradição maçônica de mais de 600 anos de idade.