sábado, 25 de janeiro de 2014

O que significa o perdão divino?

Do ponto de vista cósmico, não existe nenhuma injustiça, pois cada qual tem um destino conforme o bem e o mal que cometeu num dado momento de sua evolução. É muito lógico que o conceito de Deus, de acordo com as antigas fraternidades, seja diferente daquele que pregam as religiões. "Deus é uma inteligência universal que concebeu, manifestou e animou a criação conforme leis imutáveis e perfeitas". Deus não é, portanto, um ser antropomórfico. Ele não pode ser considerado como um Ser ou Juiz supremo ao qual poderia ser atribuída não apenas uma forma humana, como também tendências e reações próprias dos seres humanos. Então podemos dizer que Deus não nos perdoa por nossas faltas e erros. Deus é uma energia e, como tal, não experimenta nenhum sentimento humano para poder nos perdoar. Essa expressão religiosa é empregada para que o indivíduo se conscientize das faltas que comete para com seu próximo e as quais dissimula, esperando receber um perdão divino. Se queremos o perdão, por que não o buscamos diretamente com aqueles que ofendemos aqui na Terra, através dos nossos comportamentos grosseiros e egoístas, ao invés de recorrer ao perdão divino no Além? Isso acontece simplesmente porque as religiões ensinam a seus fiéis a busca da salvação e uma crença cega em Deus, para merecer um perdão, um paraíso e para evitar que sejam lançados a um "inferno". Acredito que esse plano terrestre nada mais é do que um campo de experimentação das virtudes inerentes à alma humana. É no contato com o próximo, com a natureza e com os demais reinos (animal e vegetal) que devemos manifestar nossas faculdades espirituais, tais como, a tolerância, a benevolência, o perdão, o desapego, a integridade, a não-violência, o altruísmo, a humildade, a temperança, etc. Nossas almas são imateriais e espirituais e, por isso, não podem ser julgadas, queimadas ou punidas pelas más ações cometidas pelo corpo humano. Portanto, o perdão está ligado aos nossos atos, bons ou maus, que perpetramos em nossa vida cotidiana, enfrentando todas as situações com coragem e sem culpa, para superá-las pela aplicação das virtudes da alma nas nossas relações humanas, com a natureza e o universo.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

"Carma"

"Carma" é uma palavra em sânscrito que, no plano etimológico, significa "ato" e exprime o encadeamento de causas e efeitos que rege tanto a ordem do universo quanto a ordem das vidas humanas. Ainda que esse significado seja muito generalista para dar uma ideia exata da doutrina mística que lhe é associada, ele permite ao menos compreender que a lei cármica, também chamada de "lei da compensação", é fundada sobre a ação. De acordo com esse princípio, podemos dizer que todo pensamento, toda palavra ou toda ação de nossa parte gera uma reação equivalente, é porque geram energia vibratória que não pode ser destruída.. Em outras palavras, quando pensamos, falamos ou agimos de modo negativo, colocamos em ação causas que, cedo ou tarde, produzirão efeitos da mesma natureza em nossa vida. Da mesma forma, se cultivamos bons atos em nossa vida, colheremos benefícios que muitas vezes atribuímos "à sorte". Compreendemos facilmente, portanto, que o acaso não existe. Você certamente já ouviu falar que os Grandes Iniciados do passado, tais como Moisés, Buda, Jesus e Maomé, ensinaram e afirmaram, de uma forma ou de outra, que "o Homem colhe aquilo que semeia". Pois é, a lei do "carma" é impessoal e se aplica igualmente a todos os homens. Tenhamos consciência dela ou não, ela se cumpre sempre.

sábado, 4 de janeiro de 2014

O Universo e a Astrologia

Os astrofísicos afirmam que o universo é resultado de uma gigantesca explosão cósmica há 15 bilhões de anos. Eles estimam que ele é formado por 100 bilhões de galáxias, cada uma delas agrupando bilhões de estrelas. Nossa galáxia conta com 100 bilhões de estrelas, entre elas encontra-se nosso sistema solar que se formou há 5 bilhões de anos, a partir de uma primitiva nebulosa, ou seja, de uma imensa nuvem de gás e poeira, composta dos mesmos átomos de toda criação, apenas em arranjos moleculares diferentes. Após formar o disco gasoso girando sobre si mesmo, com o tempo essa rotação provocou um agrupamento da matéria na direção do centro, tornando-se cada vez mais denso e mais quente, com reações termonucleares, dando origem a uma estrela: o nosso sol. Paralelamente, pequenas massas de gás e poeira se destacaram da periferia do disco inicial e deram nascimento a bolas de matéria que se adensaram gradualmente até formar os planetas. Segundo os rosacruzes podemos nos harmonizar com as forças mais positivas de nosso sistema solar, o que contribuirá para nosso bem-estar físico, psíquico e espiritual. Contudo a astrologia não faz parte de seus ensinamentos, simplesmente porque trata-se de uma arte e não uma ciência, no sentido de que ela depende bastante da interpretação. A este respeito, é muito importante compreender que "os astros inclinam mas não obrigam", o que significa que um tema astral não é o suficiente para predizer o futuro de quem quer que seja. Isto faria pressupor que nosso destino é predeterminado, o que não é verdade. A astrologia não deveria ser usada para fins divinatórios, pois se assim fizer estará cultivando o fatalismo e faz do homem o espectador de sua própria vida. É melhor considerá-la um meio de autoconhecimento.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

A Origem da Medicina

Sob o ponto de vista, tanto histórico quanto tradicional, o interesse atribuído à medicina remonta às Escolas de Mistérios do Antigo Egito. Alguns dos Iniciados, que frequentavam essas Escolas, se especializaram na arte da cura e deram origem a uma Fraternidade que se dedicava à cura de doenças. Durante muito tempo, foi nas proximidades do Templo de Heliópolis que ela se reuniu e realizou sua obra desinteressada a serviço de todos aqueles que estavam sofrendo. Dessa fraternidade surgiram os Essênios e os Terapeutas, que trabalharam respectivamente em Israel e na Grécia. Jesus, que nasceu numa família de Essênios, foi iniciado nesta arte da cura, razão pela qual Lhe atribuíram milagres, divulgados até hoje pela Igreja. A arte da cura dessas Fraternidades era baseada em leis e princípios que em grande parte são totalmente ignorados pelo público e desconhecidos inclusive de pessoas que exercem a medicina. No decorrer dos séculos, a ciência descobriu e demonstrou um grande número de princípios que os Mestres dessas Fraternidades já ensinavam há muito tempo, mas que ninguém aceitava como verdades, pois faltava a demonstração científica. Atualmente a Fraternidade Rosacruz é a depositária desses conhecimentos. Enquanto a medicina atual tende a dar atenção exclusivamente ao corpo físico em casos de doença, os Rosacruzes consideram que a maior parte dos males físicos tem origem numa perturbação do corpo psíquico.

Natal

Segunda a Igreja cristã, Jesus nasceu à meia-noite do 24 para 25 de dezembro. Mas não existe nenhuma referência histórica que confirme esta data, cuja escolha remonta apenas ao século IV de nossa era. Por outro lado, ela não coincide com o relato bíblico, quando o Novo Testamento diz que os pastores guardavam suas ovelhas no momento em que a "Divina Criança" veio ao mundo, fazendo supor que seu nascimento ocorreu na primavera. De fato certos textos apócrifos o situam em 19 de abril, ao anoitecer. Ora, é interessante notar que este signo está tradicionalmente associado aos “Manus”, os Mestres que receberam a missão de guiarem a humanidade a cada novo ciclo de sua evolução espiritual. Se Jesus nasceu em abril, podemos perguntar por que os Padres da Igreja cristã fixaram seu nascimento em 25 de dezembro.