sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A Divina Arte de Ouvir

"Antes que a Alma possa compreender e recordar, ela deve primeiro unir-se ao Falador Silencioso, como a forma que é dada ao barro se uniu primeiro ao espírito do escultor.
Porque então a Alma ouvirá e poderá recordar-se."
"A VOZ DO SILÊNCIO", de Helena Petrovna Blavatsky

Ouvir é processo simples mas difícil de ser colocado em prática.
A valorização das palavras de outra pessoa exigem grande esforço de nossa parte.
Tarefa ainda mais difícil é entender e perceber as idéias do outro.
A dificuldade em ouvir surge, principalmente, do fato de que em nossas relações sociais é comum referenciarmos, automaticamente, o mundo com nossos valores, conceitos e preconceitos.
Para obtermos comunicação efetiva com as pessoas é necessário querer e esse desejo precisa ser uma vontade inquebrantável que não nos fará desistir diante da primeira adversidade.
Ouvir não significa apenas escutar os sons da voz ou acompanhar o racíocinio do interlocutor, significa antes de tudo, exercitar a tolerância e a paciência.
Ouvir de verdade outra pessoa nos pede flexibilidade, colocando-nos no lugar do outro, empaticamente. Empatia é ajustar-se ao estilo, a situação psicológica da pessoa, as crenças e valores do nosso interlocutor para nessa projeção alcançar um entendimento. Abre-se assim uma porta de entrada para a amizade, ao amor, aos negócios, às lideranças etc.
Recomendam os especialistas que para ouvir devemos:
-Evitar preconceitos.
-Focar-se nas convergências.
-Valorizar e respeitar as opiniões do interlocutor.
-Aceitar o outro como ele é, e não como gostaria que fosse.
-Não personalizar as divergências.
-Certificar-se que você comprendeu de fato o que o outro queria transmitir.
Por último é necessário fazer uso generoso do sentimento de fraternidade para aceitar as pessoas como são: cheias de defeitos, limites e preconceitos e, também, repletas de virtudes, sonhos, conhecimentos e percepções, assim como você e como eu.