domingo, 10 de maio de 2009

Ocupemos as mentes dos jovens

Assim como os adultos, também os nossos jovens poderão vivenciar emoções negativas que produzem reações em seu metabolismo e em seus processos mentais. Quando elas se repetem frequentemente e se acumulam, tornam-se um fator de fadiga e estresse do qual fica difícil se livrar quando vamos repousar à noite, o que origina a insônia. A ansiedade acumulada modifica o ritmo fisiológico do nosso organismo, inclusive desordens digestivas, provocando uma perda de energia que poderia ser utilizada para fins construtivos. Um bom relaxamento, baseado na utilização adequada de respirações profundas e períodos de meditação, poderá nos ajudar a lutar contra os fatores da fadiga e do estresse. Ele permite neutralizar as agressões exteriores que perturbam a atividade de nossa Força Vital.
Já no século 17, o pensador francês, François La Rochefoucault, dizia que: ”Quando não encontramos repouso em nós mesmos, é inútil procurá-lo em outra parte”. Na verdade, se carregamos conosco todos os problemas e preocupações, é inútil buscar a paz fugindo de casa. Relaxar é reencontrar-se, penetrar em nosso interior para colocar as idéias e sentimentos em ordem e conseguir novas forças que só nossa natureza espiritual pode nos dar.
E o nosso jovem de hoje, quando não foge pela porta de sua casa, quantas foge pela porta de seu computador, para procurar apoio navegando na internet. Será que por lá ele irá achar a paz que ele tanto procura? Logicamente esse jovem irá fazer as suas escolhas e, dependendo dos bons ou maus conselheiros, estará criando bons ou maus hábitos. Qualquer que seja o hábito que o jovem for adquirir, inicialmente não passa de um desejo consciente, baseado na escolha de sua vontade. Com o tempo, ele criará uma forma de costume ou dependência, então, o que antes era apenas um desejo, passará para ele uma necessidade fisiológica, que o corpo reclama e exige. Na verdade, se tornará uma grande dor de cabeça, se esse hábito adquirido for o vício das drogas!
Portanto, é indispensável que ocupemos as mentes dos nossos jovens, proporcionando oportunidades sadias; coloquemos à disposição deles entidades onde possam se integrar. É indispensável que aqueles que detêm o poder, em qualquer nível, sejam exemplos de moralidade para os povos que governam. E em matéria de moral, a educação tem um papel essencial. Na realidade, é fácil compreender que a humanidade de amanhã será a imagem do que os jovens de hoje farão. Por conseqüência, é óbvio que se não os educarmos no respeito às coisas, seres e valores éticos mais nobres, no sentido místico do termo educar, eles perderão de vista o próprio propósito de sua existência.