sexta-feira, 22 de março de 2024

A verdade

A Verdade é inalterável em seu princípio filosófico desde o começo do mundo. Na prática, muitos conceitos formados, pelas interpretações do ser humano no passado, passaram a ter nova conotação depois das descobertas da ciência.

O filósofo grego Aristóteles no século IV a.C. já defendia a teoria do geocentrismo, confirmada pelo astrônomo Ptolomeu no século II d.C., afirmando que a Terra ocupava o centro do universo. Esta tese foi aceita durante muitos séculos, apesar de que o grego Aristarco de Samos já no século III a.C. propunha a teoria do heliocentrismo, dizendo que era o Sol que ocupava o centro do universo e não a Terra. Todavia esta tese do heliocentrismo só foi sustentada, bem mais tarde, pelo astrônomo polonês Nicolau Copérnico no século XV e pelo astrônomo italiano Galileu Galilei no século XVI. Enquanto que, no século XVII, a lei do Kepler dizia que os planetas em órbita ao redor do Sol, giravam forma de elipse e não em circunferência.

Para a Verdade não se aplica o ditado “Cada cabeça uma sentença”, porque ela não pode ser fragmentada. A Verdade é uma só, eterna e imutável, o que muda são as interpretações de cada ser humano. Só pode ter acesso à Verdade Única quem transcende as limitações da mente, vence o próprio ego e estiver liberto da ilusão da matéria.

quinta-feira, 7 de abril de 2022

Criador e suas criaturas

 O mundo não existiria sem uma Unidade absoluta em sua origem. O universo traz em si a marcada não-eternidade. Se há uma criação é necessário que haja um Criador.

Os sinais de sua Sabedoria se encontram com perfeita identidade em suas criaturas e devemos acreditar que um único criador as fez, fora do que só haveria o nada.

Como Deus não é nem substância nem forma, ele é invisível. Só é possível encontra-lo e conhece-lo pelo raciocínio e pelo testemunho de suas criaturas.

Os quatro elementos estão presentes em duas causas: matéria e forma. Estas nascem necessariamente de uma causa única: a vontade de Deus.

A unidade divina se mostra na sabedoria que brilha em todo o universo, tanto em seu ápice como em seu mais baixo grau: minerais, vegetais e animais. Eles indicam que tudo é obra de um único criador.

Quando sondamos as causas dos seres do universo, verificamos que elas são menos numerosas que seus efeitos. À medida que nos elevamos na escala das causas, constatamos que elas são cada vez menos numerosas, até que chegamos a causa única, o Criador.

Quando nos elevamos na escala dos seres, vemos os gêneros se tornarem menos numerosos até as categorias que são dez: substância, quantidade, qualidade, relação, lugar, tempo, posição, ter, agir e sofrer. Os indivíduos compreendidos nas dez categorias nascem sob efeito de causas, que podemos reduzir a cinco: movimento, fogo, ar, água e terra.

A natureza do universo, com suas criaturas, está sempre em harmonia com seu Criador.

sábado, 12 de junho de 2021

Universo é um Todo

Quem somos nós?

Devemos deixar nossa posição antropocêntrica míope que nos coloca no centro da Criação. Somos parte do Todo e, embora tenhamos um papel muito específico a desempenhar no esquema das coisas, dificilmente somos mais importantes do que qualquer outra parte da Criação.

Devemos sair do centro do Universo, não podemos nos colocar arrogantemente acima de todas as outras criaturas, considerando nossos negócios como centro de importância. Uma democracia que explora a natureza não é uma forma desejável de governo. Devemos incentivar uma forma de governo preocupado com o bem-estar de todos os membros da comunidade da Terra.

A Terra é primária, enquanto o humano é secundário. O Universo é uma comunhão de indivíduos e não uma coleção de objetos.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Cremação

De acordo com a antiga lei, "o corpo deve voltar ao pó da terra de onde saiu". A Cremação simplesmente apressa o processo natural de uma forma mais higiênica. A Cremação, sob o ponto de vista místico, é o processo de reduzir os elementos materiais do corpo aos elementos primários, por intermédio do fogo.

Os serviços funerários dos antigos místicos sugerem a preferência pela Cremação do corpo e o espargimento das cinzas em terreno aberto ou sobre águas correntes, dentro de sete dias após a morte.

Com a morte, a ligação da alma com o corpo físico é rompida e nenhum vínculo mais restará. A Personalidade-Alma ingressa em outro plano de existência e a atração que havia deixa de existir, portanto "na Cremação não há qualquer prejuízo para o descanso da alma".

O costume de sepultar os mortos na terra para apodrecerem foi sempre considerado, pelos antigos místicos, um costume anti-higiênico. A Cremação não é um método moderno e com o tempo será adotado universalmente pelos povos ditos civilizados.

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Espírito versus Alma

“Toda atmosfera está impregnada pela energia espírito, cuja fonte é o sol em nosso sistema solar, a qual penetra em nosso corpo pela respiração junto com o oxigênio, nos proporcionando a força vital.
O corpo psíquico é exatamente do mesmo formato do nosso corpo físico, sendo a energia espírito que dá formato ao nosso corpo, assim como a toda a matéria que nos cerca, dando mais (no vegetal) ou menos (na mineral) espaçamento entre as células.
A maioria das religiões confundem espírito com a alma, o que não é verdade. Tanto o corpo físico e como o corpo psíquico nascem na concepção, ao passo que a alma é uma chispa divina que penetra em nosso corpo na primeira respiração no nascimento e nos abandona na última respiração na morte.
A personalidade alma, que nos proporciona a consciência, é a parcela divina que grava todas nossas ações e permite nosso ciclo evolutivo ao longo de nossas reencarnações, buscando a perfeição quando nossa alma será reintegrada na essência Divina.”

quinta-feira, 11 de junho de 2020

Psicologia espiritualista

A personalidade humana tem três níveis de consciência: ego, superego e si mesmo, que correspondem ao consciente, inconsciente e psiquê (alma).
O consciente liga o ser ao mundo exterior e lhe permite observar, raciocinar, analisar, etc.
O inconsciente é de certo modo o arquivista de uma vasta biblioteca interior, onde tudo é memorizado desde o nosso nascimento e mesmo antes. Expressa a natureza mais profunda do ser humano e sua linguagem é completamente diferente a do consciente.
A psiquê constitui a dimensão espiritual do ser humano, sendo ao mesmo tempo o centro e o perímetro da natureza humana.
A esses três níveis de consciência se acrescentam dois elementos complementares, que fazem parte do inconsciente individual e coletivo; ambos são mediadores entre o consciente e o inconsciente.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Nossa missão no universo

Segundo a ontologia Rosacruz: “Deus é a Inteligência universal que pensa, manifesta e anima toda a Criação visível e invisível de acordo com leis imutáveis e perfeitas.
Toda a Criação e a evolução do universo, o surgimento da vida e da consciência é fruto de uma vontade divina. Mas a manifestação da Criação não era o suficiente, seria preciso que ela fosse “animada”, não no sentido de dar movimento, mas no sentido de “insuflar uma alma”, a Alma universal que está presente em tudo.
Para que esta Criação pudesse tomar forma, foi preciso que leis fossem colocadas em movimento, leis físicas universais como lei da gravidade, as leis da atração, repulsão e  coesão; mas também leis espirituais, como a lei da reencarnação, a lei da compensação (carma), colocando toda a Criação ligada à evolução.
Sem as leis imutáveis e perfeitas o universo tornar-se-ia um caos. Dá para imaginar o que aconteceria com o universo se, de repente, a lei da gravidade não prevalecesse mais? Por isso é que não podemos definir Deus sem fazer referência às leis que Ele criou e pelas quais se manifesta. Elas são sua emanação e correspondem ao “Cósmico”: o Cósmico são as leis de Deus em ação.
Portanto, todos os seres vivos tem uma missão a cumprir nesta engrenagem, cooperando assim com a evolução universal.